RELEASE TESTAGEM E FEIRA DA DIVERSIDADE PARADA LGBT 2018
Saúde oferece dois mil testes rápidos de HIV na semana da Parada LGBT Programação também inclui distribuição gratuita de preservativos, gel lubrificante e folhetos informativos sobre sexo seguro.
Na semana que antecede a 22ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com a Aids Healthcare Foundation e a Impuse São Paulo irá realizar nos dias 28 e 29 de maio, das 10h às 21h, um mutirão de testes rápidos para o diagnóstico do HIV.
A ação, que será ocorrerá no vão livre do MASP (Av Paulista, 1578) contará com suporte de 60 profissionais do Programa Estadual DST/Aids-SP, por dia para a realização da testagem. Serão disponibilizados dois mil testes rápidos por fluído oral, 30 mil preservativos, 10 mil saches de gel lubrificante, 2000 preservativos femininos e um total de 10 mil panfletos com orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis. O objetivo é incentivar o diagnóstico precoce da infecção pelo vírus da aids e reduzir o medo e o preconceito em relação ao teste.
Aproximadamente metade dos óbitos por Aids no Estado estão relacionados ao diagnóstico tardio da infecção. “Todos os dias, 7 paulistas morrem em decorrência da Aids. A testagem é gratuita e disponível em toda a rede pública de saúde”, informa Artur Kalichman, coordenador do Programa Estadual DST/aids-SP. “É fundamental que as pessoas com vida sexual ativa façam o teste. Se o resultado for positivo, é importante encaminhá-las para um serviço de saúde para avaliação e acompanhamento médico”, explica Kalichman.
O teste rápido do HIV por fluido oral leva aproximadamente 30 minutos para ser realizado e sua eficácia é igual ao teste tradicional. Todo o processo é feito de forma cautelosa e sigilosa. “O teste por fluido oral não requer infraestrutura laboratorial, e sua execução, leitura e interpretação são simples”, observa Ivone de Paula, gerente da Área de Prevenção do Programa Estadual DST/Aids-SP.
Beto de Jesus, da Aids Helathcare Foundation, lembra ainda que, “nunca é demais lembrar que as ações de enfrentamento e prevenção ao HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) passam pela necessária redução do estigma e da discriminação contra as pessoas que vivem com HIV/Aids e a comunidade LGBT. A homofobia e a transfobia são elementos estruturantes da maior vulnerabilidade de gays, outros HSH e travestis às IST/HIV/Aids. Elemento derivado da cultura machista, sexista e heteronormativa, ainda hegemônica na sociedade, acompanha os sujeitos em toda sua vida, os efeito desses elementos negativos para a autoestima, as dificuldades na sociabilidade e a hostilidade na escola resultam, normalmente, na exclusão do convívio familiar e na descontinuidade da educação formal, projetando, entre outras, grandes dificuldades para a qualificação e entrada no mercado de trabalho. Ao estigma e à discriminação associam se situações de vida vinculadas à clandestinidade, a um maior grau de vulnerabilidade e risco para diferentes tipos de situação e à marginalização e acréscimo de vulnerabilidades”.
FEIRA DA DIVERSIDADE
No dia 31 de maio, dia da Feira da Diversidade - atividade que faz parte da agenda de programação da Semana do Orgulho LGBT de São Paulo, profissionais do Programa Estadual DST/Aids-SP estarão no Vale do Anhangabaú para orientar a população sobre a importância da prevenção às DST/Aids. Serão distribuídos 100 mil preservativos, 12 mil sachês de gel lubrificante e 10 mil folhetos informativos no local.