GUIA PREVENÇÃO COMBINADA:NOVOS TEMPOS, NOVAS TECNOLOGIAS
Lançamento: 25/11, 9h, no CRT DST/Aids-SP
Estudos indicam alta prevalência da infecção pelo HIV em populações vulneráveis. Desde 2008, a epidemia tem crescido entre homens que fazem sexo com homens (HSH). A proporção da categoria de exposição HSH aumentou de 30,3% em 2007 para 44,8% em 2014, percentual semelhante ao final da década de 1980.
Diante deste contexto, técnicos da Coordenação Estadual DST/Aids-SP elaboraram um guia sobre Prevenção Combinada para orientar profissionais de saúde que trabalham no campo das IST/Aids. O Guia será lançado no próximo dia 25 de novembro, às 9 horas, no CRT DST/Aids, durante a abertura da 9ª. Campanha de Testagem Fique Sabendo.
Desde o início da epidemia de Aids a promoção do uso do preservativo tem sido a principal estratégia empregada para a prevenção da infecção pelo HIV no Brasil. ¿Esse cenário vem se modificando ao longo do tempo na medida em que outras estratégias comportamentais e tecnologias biomédicas de prevenção começam a se mostrar efetivas e disponíveis para a população¿, explica Artur Kalichman, coordenador adjunto do Programa Estadual DST/Aids-SP. Ainda que a promoção do uso do preservativo continue sendo a principal estratégia de prevenção ela não pode ser mais a única. Entende-se por Prevenção Combinada um conjunto de medidas e estratégias que ajudam as pessoas a se previnir da infecção pelo HIV: Testagem, camisinha, Profilaxia pré exposição, Profilaxia pós exposição, tratamento como prevenção, práticas de menos risco fazem parte das estratégias da prevenção combinada..
Para Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DT/Aids-SP, a Prevenção Combinada deve ser vista sob três aspectos: como uma combinação de diferentes estratégias comportamentais e/ou biomédicas de prevenção em diferentes momentos da vida de uma pessoa; como uma estratégia de prevenção que deve ser combinada com a pessoa que irá utilizá-la, a partir da sua realidade e dentro das suas possibilidades, num processo de aconselhamento dialogado e não prescritivo e como uma estratégia orientada pelo respeito aos direitos humanos e a autonomia das pessoas, e por políticas públicas que garantam acolhimento, informação e acesso aos serviços de saúde e aos insumos de prevenção, principalmente para as pessoas mais vulneráveis. ¿Da mesma forma que combinar diferentes estratégias aumenta a chance de êxito técnico da prevenção é fundamental que essas estratégias sejam combinadas e façam sentido para quem as vai utilizar no dia a dia e assim aumentar o seu sucesso na prática¿, conta.
O Guia tem como proposta compartilhar com usuários e pacientes todos os conhecimentos que temos sobre as formas de prevenção, sobre as práticas sexuais e de uso de drogas mais seguras e sobre aquelas de maior risco para a aquisição de infecção pelo HIV para que cada um, com nosso auxílio, e de posse de todas as informações possa avaliar seu grau de vulnerabilidade, tomar decisões e fazer escolhas quanto à melhor maneira de se prevenir da infecção.
Neste material existem informações básicas sobre as várias estratégias comportamentais e biomédicas para a prevenção da infecção pelo HIV e como utilizá-las na perspectiva da prevenção combinada e também referências de onde encontrar informações adicionais sobre cada uma delas. Esperamos que esse material ajude profissionais de saúde que a incorporar na sua prática de aconselhamento as estratégias de prevenção combinada.
Saiba mais sobre o tema no site: www.crt.saude.sp.gov.br
Download do guia:
http://www.saude.sp.gov.br/resources/crt/publicacoes/publicacoes-download/guia_basico_de_prevencao_combinada_2.pdf
Disque DST/Aids: 0800 16 25 50