Instituto Pasteur

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Louis Pasteur e a Raiva

Claudio Celso Monteiro Junior* e PqC Dr Enio Mori
*Analista Sócio Cultural 

 

            Louis Pasteur nasceu em Dôle em 27 de dezembro de 1822, e foi um renomado químico francês. Pasteur, juntamente com o alemão Robert Koch e o polonês Ferdinand Cohn, são considerados os fundadores da microbiologia. Em 1864, por solicitação de vinicultores, cervejeiros e produtores de laticínios, Louis Pasteur iniciou uma investigação sobre o porquê desses produtos azedarem, tornando-se impróprios para o consumo e causando doenças. Para eliminar os microorganismos responsáveis pela fermentação e deterioração dos alimentos, Pasteur desenvolveu um método que consiste no aquecimento desses produtos a uma temperatura específica por um período determinado, seguido de resfriamento brusco. Esse método, em homenagem a Pasteur, é conhecido como pasteurização. A pasteurização permite que os produtos sejam transportados e armazenados com segurança por um período prolongado. Após sua contribuição para a pasteurização, Louis Pasteur passou a investigar as causas da raiva, uma doença incurável e fatal. Conhecida desde a antiguidade, a raiva é causada por um vírus e é considerada uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida aos seres humanos por determinados animais, no caso, animais mamíferos. 

 

            Na época de Pasteur, os princípios da vacinação já eram conhecidos, com Edward Jenner tendo desenvolvido uma vacina contra a varíola em 1796. Pasteur acreditava que, assim como outras doenças, como a varíola, a raiva poderia ser prevenida e tratada por meio da vacinação. 

 

            Apesar dos resultados promissores da vacinação em animais, a vacina da raiva só foi aplicada em um ser humano em 1885. Nesse ano, Joseph Meister, de nove anos, foi atacado por um cão raivoso e sofreu 14 mordidas em sua perna e braço direitos. Pasteur tratou Meister com 21 doses crescentes de vacina, sendo este o primeiro caso bem-sucedido de profilaxia pós exposição para raiva na História. Em outubro do mesmo ano, Louis Pasteur administrou com igual sucesso o mesmo tratamento em Jean-Baptiste Jupille, um pastor de 15 anos que, em Villers-Farlay, entrou em luta corporal com um cão raivoso que ameaçava as crianças do local. O sucesso obtido no tratamento da raiva em Joseph Meister, Jean-Batiste Jupille e em outros casos, levou à fundação do Instituto Pasteur em Paris em 4 de junho 1887. Esse instituto privado foi financiado com recursos de particulares, incluindo o imperador brasileiro D. Pedro II, que convidou pessoalmente Louis Pasteur para dirigir os trabalhos de saneamento na então capital imperial do Rio de Janeiro. Pasteur, já idoso e convalescente de um acidente vascular cerebral, recusou o convite e indicou seu aluno, o médico brasileiro Oswaldo Cruz. 

 

            Louis Pasteur faleceu em Marnes La Coquette em 1895, em 28 de setembro, o que faz o dia do aniversário de sua morte atualmente ser considerado o Dia Internacional de Luta Contra a Raiva. 

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