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Por trás dos números: o impacto de Setembro Amarelo na prevenção do suicídio

 

11 de setembro de 2024

 

 

A campanha Setembro Amarelo® e o Instituto de Saúde se juntam na luta contra o suicídio, um grave problema de saúde pública global. A OMS estima que 800 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, uma morte a cada 40 segundos, com 80% desses casos em países de renda média e baixa. É importante lembrar que existem de 10 a 40 tentativas de suicídio para cada morte por suicídio, o que indica a magnitude e a amplitude de impacto deste problema. No Brasil, em 2021, foram cerca de 15 mil mortes, uma a cada 34 minutos. No nosso país o suicídio é a terceira maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

 

Segundo Lígia Pupo, pesquisadora do Instituto de Saúde, em números absolutos, o Brasil tem apresentado aumento gradual no número de notificações de violência autoprovocada. Entre 2011 e 2018, identificou-se aumento de 497,5% nos casos notificados desse tipo de violência. Segundo ela, os adolescentes, entre 10 e 19 anos, possuem o segundo maior percentual das ocorrências de tentativa de suicídio, no Brasil, com 29,8% dos casos.

 

A pesquisadora reforça o impacto desse problema sobre a família e pessoas próximas, sendo que em média, para cada suicídio há, 5 ou 6 pessoas achegadas ao falecido que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas dessa ocorrência. Ela comenta que a subnotificação e o sub-registro ainda são um problema, pois muitos acidentes (automobilísticos, por afogamento, envenenamento acidental, entre outros), são registrados como morte por causa indeterminada.

 

É importante lembrar que uma ameaça de suicídio sempre deve ser levada a sério e não deve nunca ser desvalorizada, subestimada ou ridicularizada. Ao contrário da crença popular, falar com respeito e acolhimento sobre a ideação suicida e sobre o sofrimento vivido não aumenta o risco de suicídio, mas, de fato, ajuda a pessoa em crise a entender melhor sua experiência e a manejar melhor seus sentimentos e conflitos, pois a ambivalência é uma característica frequente nessas situações. É crucial, ainda, superar o estigma e garantir que todos tenham acesso a ajuda e suporte.

 

 

 

Núcleo de Comunicação Técnico-Científica

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