Humanização

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APRESENTAÇÃO

 

O QUE É UMA EXPERIÊNCIA?

 

Tarefa difícil a de defini-la, à medida que, o termo não se presta a definições universalizantes. Porém, duas pistas, talvez, ajudem a nos aproximar do que sentimos quando experimentamos algo.

 

A primeira pista é entendê-la como uma viagem. Mas, sobretudo a ¿viagem¿ verbo e não substantivo, ou seja, trata-se de ser e estar em viagem, a caminho. Viagem que se é, que são as coisas, cada coisa. E viagem é também envio, destino, destinação, relacionamento, fundamento do possível.

 

Experiência, portanto, faz-se e dá-se como uma travessia. Nessa viagem por ela e desde ela, mostra-se, revela-se e faz-se visível tudo quanto há e é.

 

Daí que experiência (afeto) e perspectiva dizem o mesmo. Eles se implicam ou se complicam. Uma visão perspectivística dos afetos. Trata-se de uma visão do real, enquanto e como movimento de experiência ou compreensão de realização da realidade.

 

Nesse sentido é uma viagem cercada de múltiplos afetos agenciados por aqueles que exercem as práticas de saúde (gestores, trabalhadores e usuários), num caminhar nem sempre fácil, mas cercado de criação e afirmação.

 

Outra pista é entender as experiências como intercessores que se constituem como interferências, artifícios que incitam a diferenciação de elementos, saberes e acontecimentos, que deslocam e desacomodam outros planos nas relações saber-poder, desterritorializando-os, criando novos territórios e modos de existência.

 

Ativam potencias do ainda impensável, do clínico com o não clínico, da saúde com a não saúde e novos conceitos e problemas são produzidos. Um intercessor produz movimento para a descoberta do que se sabe para o que não se sabe, como sustentar novas formas de cuidar em liberdade. Enfim, intercessor como possibilidade de desvio que cria.

 

Assim sendo, convidamos todos a viajar por nossas experiências intercessoras.

 

***

 

As experiências a seguir relatadas estão dispostas em ordem alfabética. Em sua maioria, caminham na direção de um dos princípios fundamentais da Política Nacional de Humanização que é a indissociabilidade entre as formas de conceber e organizar o trabalho em saúde e a própria oferta de recursos assistenciais, bem como desta com a produção de sujeitos.

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