SP vacina 8,8 milhões contra a gripe, mais da metade da população-alvo
Meta é imunizar pelo menos 90% de um total de 15,4 milhões durante toda a campanha; cobertura já foi ultrapassada entre idosos, profissionais de saúde e indígenas
O Estado de São Paulo já vacinou 8,8 milhões de pessoas contra a gripe, alcançando 57% da população-alvo. A meta é imunizar pelo menos 90% dos grupos prioritários, que totalizam 15,4 milhões de pessoas.
A campanha de vacinação começou em 23 de março e SP vacinou, em tempo recorde, 100% dos idosos marco histórico alcançado em apenas 17 dias de campanha. Mais de 5,5 milhões de pessoas com 60 anos ou mais já estão protegidas.
A adesão dos profissionais de saúde também foi recorde. Até o dia 30 de abril, foram imunizados 1,3 milhão de trabalhadores da área, o que equivale a cobertura vacinal de 95% - quinze pontos percentuais maior que o total de 2019, quando atingiu apenas 80,9%. Ainda na primeira etapa, receberam doses 125,1 mil das forças de segurança e salvamento, inclusos nessa etapa a partir de 30 de março.
A segunda etapa, iniciada em 16 de abril, já apresenta números expressivos em apenas duas semanas. A cobertura mínima foi atingida entre indígenas, com aproximadamente 4,5 mil pessoas vacinadas neste grupo (91,4%).
Mais de 1,2 milhão de pessoas com comorbidades, doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também estão protegidas contra a gripe, número que equivale a 54,4% do total de vacinados neste grupo durante a campanha inteira de 2019.
Nesses quinze dias de aplicação de doses da segunda etapa, dobrou o número de caminhoneiros imunizados (58 mil) e de portuários (3,9 mil). A imunização triplicou entre pessoas do sistema prisional (90,3 mil) e cresceu 83% entre motoristas de transporte coletivo (35,4 mil).
“A vacina previne a população-alvo contra o vírus Influenza e é fundamental para evitar complicações decorrentes da gripe. Lembramos que o respeito às etapas e às orientações dos postos é necessário para que não ocorram aglomerações, de forma a evitarmos a transmissão de doenças respiratórias, como a COVID-19 e a própria gripe”, reforça a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araujo. “A vacina não causa gripe em quem tomar a dose, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que causam a devida proteção”, explica.
Na campanha nacional de 2020, o Instituto Butantan entrega ao Brasil 75 milhões de doses da vacina, 10 milhões a mais em comparação a 2019. Neste ano, as doses são constituídas por três cepas de Influenza: A/Brisbane/02/2018 (H1N1)pdm09; A/South Austrália/34/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).
Mudanças na 3ª etapa da campanha
Conforme orientação do Ministério da Saúde, a 3ª e última etapa da campanha teve a data de início alterada o dia 11 de maio e deverá ser dividida em duas fases, visando organizar a demanda da rede e reduzindo aglomerações, com a finalidade de reforçar a prevenção à COVID-19. Nesse sentido, o Ministério definiu suspender o “dia D” de vacinação, anteriormente previsto para dia 9 de maio.
O público-alvo continua o mesmo, sendo específico para crianças, gestantes, puérperas e pessoas com deficiência na primeira fase; e, na segunda, para adultos de 55 a 59 anos de idade e professores das escolas públicas e privadas (confira o cronograma abaixo).
Coronavírus
A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. “Além de proteger a população contra a Influenza, precisamos minimizar o impacto sobre os serviços de saúde em meio a pandemia de COVID-19, já que os sintomas destas doenças são semelhantes”, diz o Secretario de Estado da Saúde, José Henrique Germann.
A orientação aos profissionais que trabalham na campanha é para que haja organização da fila e do ambiente. Além disso, é importante realizar uma triagem com identificação de sintomático respiratório – presença de febre, tosse, coriza e falta de ar. Se a pessoa apresentar febre ou mau estado geral, deve ser colocada máscara no paciente e adiada a vacina, com recomendação para seguir o isolamento domiciliar.
As equipes devem anotar as doses aplicadas, com mesas e distanciamento de pelo menos 1 metro entre o anotador e paciente. Cada profissional tem a recomendação de usar caneta própria e álcool deverá ficar disponível para uso. O vacinador não precisa utilizar luvas nem máscara cirúrgica, apenas seguir as normas de higienização.
Etapas da campanha de 2020
Etapa 1: a partir de 23 de março, para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde; antecipação de forças de segurança e salvamento, a partir de 30 de março.
Etapa 2: a partir de 16 de abril para portadores de doenças crônicas, comorbidades e outras condições clínicas especiais; caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários; sistema prisional; indígenas;
Etapa 3: a partir de 11 de maio e dividida em duas fases:
1ª fase: de 11/05 a 17/05 para crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, pessoas com deficiência, gestantes e puérperas até 45 dias.
2ª fase: 18/05 a 05/06 para adultos de 55 a 59 anos de idade e professores das escolas públicas e privadas.