HC atinge milésima alta de pacientes graves recuperados de COVID-19
O Governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (20) que o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), maior complexo hospitalar da América Latina, comemorou ontem a milésima alta de pacientes graves recuperados da COVID-19.
O hospital iniciou o processo para o enfrentamento da pandemia com 84 leitos de UTI ativos no Instituto Central, ainda em março. Desde então, a capacidade mais que triplicou, para atingir os atuais 275 leitos, contando com recursos da Secretaria de Estado da Saúde e com o apoio da iniciativa privada. Até o fim do mês, serão disponibilizados 300 leitos de UTI no total.
“Temos que agradecer ao corpo clínico do Hospital das Clínicas e todos aqueles que ali atuam, pois mil pessoas foram curadas e já retornaram às suas casas. Na maior mobilização de sua história, o HC abriu um prédio exclusivo que inauguramos recentemente com 900 leitos para tratamento de pacientes com coronavírus e transferimos os pacientes com outras doenças para outros sete institutos do complexo do HC”, disse Doria.
Em uma de suas formas de evolução mais sérias, a infecção por COVID-19 causa complicações cardiológicas graves, que exigem atendimento altamente especializado. No momento, há 10 leitos específicos para o atendimento cardiológico, instalado pelo Incor dentro do Instituto Central – quantidade que será dobrada nas duas próximas semanas.
Os dados mostram a importância e a eficiência da mobilização que transformou o Instituto Central do HC em uma unidade toda reservada ao combate ao coronavírus. Já foram internados mais de 1.890 pacientes graves desde 30 de março, quando o Instituto Central passou a receber apenas casos de COVID-19. De acordo com o último balanço, estão internados no instituto 543 pacientes, sendo 267 em UTIs.
“A maior satisfação que nós podemos ter é ver um paciente voltar para sua família, para a sociedade, depois de superar um momento tão difícil. É para isso que trabalhamos todos os dias. E tenho certeza que falo em nome dos 20 mil colaboradores do HC, mais de 7 mil atuando apenas no Instituto Central. E é também em nome deles que mando um abraço solidário para todos que perderam um ente querido nessa pandemia”, afirmou a Diretora Clínica do HC, Eloisa Bonfá.
Já foram contabilizados 330 óbitos. Considerando o perfil de alta complexidade do hospital, sempre com pacientes graves, a taxa de letalidade é relativamente baixa em comparação com o visto em outros grandes centros internacionais, mas revela a extrema gravidade da pandemia. No Instituto Central, cerca de 80% dos pacientes na UTI precisam ser entubados.