Atlas fornece indicadores de trabalho escravo das diversas regiões do Brasil
A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Amigos da Terra lançou este ano a publicação "Atlas do Trabalho Escravo no Brasil", que tem como objetivo relacionar o trabalho escravo com atividades de agropecuária, indicadores sóciodemográficos e de desmatamento, bem como fornecer indicadores de trabalho escravo das diversas regiões do país.
O estudo foi elaborado pelos pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) HervéThéry, Neli Aparecida de Mello e Júlio Takahiro Hato. Também participou da pesquisa Eduardo Paulon Girardi, do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Projetos de Reforma Agrária (NERA) da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP).
De acordo com o Atlas, 49% dos 20.753 trabalhadores escravos libertados entre 1995 e 2006 foram encontrados realizando atividades de cuidados com pasto, sendo que o estado do Pará concentra o maior número de trabalhadores escravos libertados, com 7.627.
Já em relação ao analfabetismo funcional, os Estados de Tocantins, Maranhão e leste do Pará, onde as taxas de analfabetismo variam entre 50 e 92%, concentram o maior número de trabalhadores escravos por lugar de nascimento.
O "Atlas do Trabalho Escravo no Brasil" está disponível na íntegra aqui.
Núcleo de Comunicação Técnico-Científica