Linhas de cuidado de tuberculose: implantação de referência secundária em tuberculose na região de saúde do distrito do Ipiranga do município de São Paulo
LINHA DE CUIDADO DE TUBERCULOSE: IMPLANTAÇÃO DE REFERENCIA SECUNDÁRIA EM TUBERCULOSE NA REGIÃO DE SAÚDE DO DISTRITO DO IPIRANGA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Hospital Heliópolis e Supervisão Técnica de Saúde (STS)
DRS I - Grande São Paulo
Objetivo da experiência
Situação Problema: subnotificação dos agravos de notificação compulsória, principalmente em nível ambulatorial , incluindo a tuberculose (notificação e acompanhamento);
Vivenciado pela equipe de saúde da região sudeste, distrito do Ipiranga, a preocupação com o aumento da demanda de doentes ambulatoriais e internados de alta complexidade que necessitam de cuidados e medicamentos especiais.
Objetivo: Promover a resolutividade do processo e fluxo das subnotificações.
Público alvo
Usuários portadores de Tuberculose da região Sudeste, distrito do Ipiranga.
Equipe envolvida
Equipe do Hospital Heliópolis envolvida no atendimento ao doente de tuberculose - médicos da clinica da infectologia, enfermagem, farmácia, serviço social, laboratório, CIH (Centro Integrado de humanização), com apoio e articulação da STS (Supervisão Técnica de Saúde) do Ipiranga e COVISA (Coordenadoria de Vigilância em Saúde).
Recursos utilizados
Espaços destinados a reuniões e equipamentos de multimídia no hospital e ambulatório;
Impressos do PNCT (Programa Nacional de Controle da Tuberculose);
Mobiliário e equipamentos para assistência ao paciente (arquivo, acomodação, computadores, mesa, telefone, materiais de escritório, impressora).
Interface com outras áreas e/ou serviços
SUVIS Ipiranga, STS do Ipiranga e COVISA
Breve histórico da experiência
Com a articulação do CIH/HH (Centro Integrado de Humanização/Hospital Heliópolis) e do NTH/SES (Núcleo Técnico de Humanização/Secretaria de Estado da Saúde) ocorreram 7 (sete) reuniões entre os equipamentos de saúde da Prefeitura, Estado, NTH e setores internos: Enfermagem, Serviço Social, Farmácia e Diretoria Técnica.
Discutido o alinhamento do cuidado integral ao doente com tuberculose, desde a atenção primária, acompanhamento ambulatorial, internação e alta responsável.
Após o alinhamento com os pontos de atenção à saúde, foi realizada uma reunião interna junto ao Diretor Técnico do Hospital Heliópolis para relatar as discussões e desdobramentos, solicitando autorização para efetivar o serviço como referência secundária de tuberculose da região do Ipiranga.
O projeto teve apoio do chefe de clínica e diretor técnico de Saúde do Hospital Heliópolis.
Desenvolvimento da ação
Os encontros dispararam movimentos e mudanças nas práticas e no atendimento ao usuário portador de tuberculose da região.
A partir destas reuniões no Hospital Heliópolis, a Enfermeira do serviço de Infectologia, foi convidada pelo chefe da clinica de infectologia a ser coordenadora do Programa da tuberculose no hospital e passar a integrar a equipe do ambulatório de infectologia, passando a coordenar todo processo e dando inicio a uma reestruturação do serviço, com implantação de fluxos internos com as áreas de: Laboratório, Farmácia ambulatorial e internação, Serviço Social da internação, equipe médica e de enfermagem.
Resultados alcançados
O atendimento ao paciente ambulatorial foi reorganizado com Implantação do serviço de recepção e implantação do agendamento online;
Acolhimento a todos os pacientes ambulatoriais, utilizando as fases do processo da SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem) e busca ativa de sintomáticos respiratórios conforme diretrizes do PNCT;
Definido área para coleta de escarro;
Acompanhamento de todos os casos de tuberculose pela equipe médica e de enfermagem;
Controle de faltosos utilizando os recursos: fichas de aprazamento (impresso do PNCT utilizado para acompanhamento dos casos) e das segundas vias das receitas de tuberculostáticos retidas na farmácia ambulatorial;
Revisado os seguintes fluxos:
Farmácia (ambulatorial e internação), fluxo com a farmácia da STS municipal, para empréstimo de medicamentos especiais quando necessário, para inicio precoce do tratamento.
Equipe médica: Agilidade nas solicitações online das medicações especiais e na notificação dos casos;
Laboratório: os exames que eram arquivados e retirados pelo paciente no laboratório, passam a ser arquivados no ambulatório, facilitando o acesso ao paciente e a equipe do ambulatório;
STS do município (farmacêutica): entrega das medicações a unidade de saúde cooperada, que fará o Tratamento Diretamente Observado (TDO);
Disponibilização de vagas na agenda as sextas-feiras, para os casos da referência secundária;
Divulgado às Unidades de Saúde da região do Ipiranga sobre o atendimento e como agendar;
Notificação de todos os agravos de notificação compulsória;
Há fragilidades, vulnerabilidades ou problemas específicos da experiência?
No inicio do processo foi acordado 02 (duas) reuniões de monitoramento e acompanhamento, agendadas para o segundo semestre de 2016.
Qual é o diferencial da experiência? Por que é uma experiência inovadora?
Implantado a primeira referência secundária em tuberculose na região do Ipiranga.
A experiência tem ou pode ter algum desdobramento?
Apresentação da ação em reunião Macro Região 9, como valorização do trabalho realizado , e aumento da comunicação intersetorial e com equipamentos de saúde;
Desdobramentos de outras demandas a partir de uma comunicação ampliada com os equipamentos de saúde da prefeitura;
Sensibilização das equipes internas quanto à importância do método da roda, trabalho em equipe, valorização da palavra e revisão dos processos de trabalho;
Melhora na qualidade da assistência prestada ao paciente com tuberculose;
Monitoramento de todos os casos de tuberculose do hospital, facilitando a resolução dos casos e o acesso as informações;
Maior adesão do paciente ao tratamento (diminuição da taxa de abandono e aumento da taxa de cura).
Contato
jufran05@hotmail.com