Familiar participante - clínica médica do Conjunto Hospitalar do Mandaqui: aumentar a comunicação entre as equipes de saúde e familiares / acompanhantes.
FAMILIAR PARTICIPANTE - CLÍNICA MÉDICA
Conjunto Hospitalar do Mandaqui
DRS I - Grande São Paulo
Objetivo da experiência
- Minimizar possíveis falhas de comunicação entre as equipes de saúde e os familiares/acompanhantes.
- Melhorar os processos de trabalho por meio da corresponsabilização e envolvimento dos mesmos frente às possíveis dificuldades apresentadas.
- Estreitar relacionamentos entre as equipes de trabalho e familiar/acompanhante, para de um convívio harmonioso.
- Fornecer orientações gerais do hospital e da equipe multiprofissional.
Público alvo
- Familiares e acompanhantes de pacientes internados na clínica médica.
Equipe envolvida
- CIH e GT Clínica Médica.
- Profissionais do serviço social, enfermagem, médico, nutrição, odontologia, fisioterapia, enfermagem (de acordo com cronograma).
Recursos utilizados
- Não utiliza recursos financeiros.
- Roda de conversa realizada na sala de reuniões da clínica médica.
Interface com outras áreas e/ou serviços
- Equipe de odontologia do ambulatório, Programa Hospital Amigo do Idoso.
Breve histórico da experiência
Projeto foi retomado em 2016 com apoio do CIH e gerência de enfermagem e serviço social, por conta da falha na comunicação entre a equipe do setor e usuários/acompanhantes, desencadeando conflitos que impactam na insatisfação dos mesmos, apontadas nas manifestações na ouvidoria e no programa "conte comigo".
Desenvolvimento da ação
Acompanhantes e familiares de pacientes que estão internados na clínica médica são convidados a participar das rodas de conversas, todas às quintas-feiras, no período da manhã.
A reunião é acompanhada pela representante do CIH, gerência de enfermagem e outros profissionais que abordam os seguintes assuntos de acordo com um cronograma:
I) Processos Gerenciais:
- Identificação de pacientes;
- Fluxo de acompanhantes;
- Esclarecimento de dúvidas.
II) Painel de Informações:
- Horário de visita médica;
- Troca de acompanhantes;
- Assuntos gerais;
- Serviço de ouvidoria.
III) Serviço de Fisioterapia:
- Orientações quanto à participação do familiar na prevenção e tratamento;
- Orientação de exercícios de conforto para os acompanhantes que permanecem na função de acompanhante por longos períodos de internação.
IV) Serviço de Nutrição:
- Apresentação do serviço e fluxo de atendimento; abordagem de assuntos de interesse global como: "preferências alimentares", funcionamento desta;
- Especificidade de dietas para pacientes, e outros.
V) Serviço de Odontologia:
- Apresentação do projeto sobre "orientações quanto à higiene oral", em pacientes internados; Realização prática de escovação para os acompanhantes, com foco principal de aprendizado para contribuírem com medidas preventivas de possíveis infecções orais nos pacientes.
VI) Serviço de Controle de Infecção Hospitalar:
- Abordagem de temas essenciais para o controle de infecções como, lavagem das mãos e a importância dessa rotina no meio hospitalar.
O momento da roda, embora haja um cronograma com temas pré-estabelecidos, é um espaço de escuta e fala, no qual surgem questões a respeito de diferentes assuntos e relatos de casos vivenciados na enfermaria.
Após discussão na roda, as demandas observadas são registradas em ata e analisadas pela gerência para realização de ações de melhoria.
Resultados alcançados
- Os participantes da "roda de conversa", verbalizam a satisfação e a importância de haver uma "escuta aberta" com diferentes profissionais, na unidade de internação;
- Evidenciou-se uma melhora de 80% na utilização da pulseira de "identificação de pacientes";
- Melhora no relacionamento entre equipes de saúde e acompanhantes, esta evidenciada pela gerência de enfermagem da CM;
- Maior envolvimento das equipes (fisioterapia, nutrição, odonto, enfermagem).
Há fragilidades, vulnerabilidades ou problemas específicos da experiência?
- Manter a sustentabilidade do espaço pela própria equipe do setor.
- Envolvimento da equipe médica.
Qual é o diferencial da experiência? Por que é uma experiência inovadora?
Essa ação permite a escuta e participação do familiar/acompanhante nos processos de gestão e do cuidado durante a internação. O espaço pode ser considerado um mecanismo de alta responsável na medida que fornece as orientações e corresponsabiliza o familiar/acompanhante no cuidado.
Essa fortalecimento dessa ação mobilizou os profissionais da clínica e de outros setores do hospital.
A experiência tem ou pode ter algum desdobramento?
- Realização de mutirões da fisioterapia nos 89 leitos das enfermarias (apoio dos estagiários da UNINOVE) com orientações e entrega de cartilha;
- Realização de rodas de conversa com 90% dos funcionários da equipe de enfermagem - sensibilização com relação a humanização e escuta das dificuldades nos processos de trabalho. Foi elaborado um plano com ações de melhoria junto a gerência e diretoria técnica;
- Despertou interesse de outros setores na realização das reuniões com acompanhante- será iniciado na maternidade;
- Equipe de odonto do ambulatório passou a realizar visita leito a leito para orientações;
- Melhorar a comunicação entre os profissionais para discussão de casos, criação de fluxos e qualificação da alta.
Contato
lucivaniaortiz@hotmail.com; taniaodias@ig.com.br