Secretaria de Estado da Saúde

A A A Tamanho do texto

Guarujá, Araçatuba e Bauru lideram risco de dengue no Estado de SP

Secretaria convoca secretários de saúde de 13 municípios acima de 60 mil habitantes com indicação de vulnerabilidade à transmissão da doença; objetivo é alinhar ações de prevenção e controle

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo promove nesta segunda-feira, 12 de novembro, na capital paulista, um encontro com secretários de saúde de 13 municípios com indicação maior vulnerabilidade para a transmissão da dengue.

A escolha dos municípios foi feita a partir do mapeamento do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria em parceria com a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), considerando os municípios com mais de 60 mil habitantes e que apresentaram índice de infestação predial do Aedes aegyptiacima de 1%.

O objetivo do encontro é mobilizar estas prefeituras para execução de ações de prevenção e controle de criadouros do mosquito transmissor. Segundo as diretrizes do SUS (Sistema Único de Saúde), as prefeituras têm papel fundamental no controle de vetores como o Aedes aegypti.

Apesar da queda no número de casos de dengue neste ano, alguns municípios ainda apresentam índices de infestação superior a 1% e, por isso, encontram-se em situação de alerta para a transmissão da doença no próximo verão.

O mapeamento, por amostragem, foi realizado em mais de 200 municípios paulistas, com inspeção em mais de 200 mil imóveis. A medição é feita pelas próprias prefeituras. Entre os municípios acima de 60 mil habitantes, Guarujá, Araçatuba e Bauru lideram o risco de transmissão de dengue no Estado para o próximo verão.

Dentre os depósitos mais comuns para Aedes aegypti nos municípios do mapeamento, destacam-se os recipientes móveis (45,5% do total), como vasos ou frascos com água, pratos, garrafas, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósito de construção (como peças sanitárias estocadas).

Os depósitos fixos, como tanques em obras, borracharias, calhas, lajes, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, floreiras, vasos em cemitério, cacos de vidro em muros e outras obras arquitetônicas, como caixas de inspeção, responderam por 22% dos depósitos com foco do Aedes aegypti.

Outros 14,6% dos depósitos com foco do mosquito são referentes a lixo, como os recipientes plásticos, garrafas e latas, sucatas em pátios e ferros velhos e entulhos de construção.

"É importante que os municípios estejam preparados para o controle do vetor, por meio de mobilização e conscientização da população, além de prestar a assistência médica adequada a pacientes com suspeita de dengue. A participação popular também é fundamental para o combate à doença, uma vez que a maioria dos criadouros do vetor estão no interior das residências", afirma o médico infectologista Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doenças da Secretaria.

Ele lembra que, no início de 2011, o sorotipo 4 da dengue chegou a São Paulo e, agora, circula em todas as regiões do Estado, tornando praticamente toda a população suscetível a contrair dengue.

"Ao serem infectadas com o tipo 4 do vírus da dengue, pessoas que já contraíram anteriormente um dos outros três sorotipos existentes podem apresentar formas graves da doença, como a febre hemorrágica", diz.

Desde 2010 o registro de casos de dengue tem caído no Estado. Neste ano, até o momento, foram registrados 21.063 casos. O número é 76,5% inferior ao total do mesmo período em 2011, quando foram registrados 89.785 casos. Em 2010, houve 189.330 casos da doença.

Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, 342 não notificaram nenhum caso autóctone de dengue em 2012. Além disso, 31% dos casos deste ano concentram-se na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, que notificou ao Sinan 6.526 ocorrências.

Ainda de acordo com as notificações dos municípios, foram registradas 12 mortes por dengue autóctone até o mês de outubro deste ano, nos municípios de Araçatuba, Caraguatatuba, Guaratinguetá, Ibirá, Novais, Pontal, Praia Grande, Santa Rosa de Viterbo e São José do Rio Preto, além da capital paulista, com três óbitos registrados. As mortes representaram 0,05% do total de casos.

A Secretaria, por intermédio da Sucen, presta apoio aos municípios no combate à dengue, mediante capacitação de pessoal e suporte em ações de nebulização, por exemplo.Para auxiliar no manejo clínico dos casos suspeitos, a pasta oferece, desde o ano passado, aos serviços de saúde, treinamentos rápidos, de 15 minutos, no próprio local de trabalho onde médicos e profissionais de enfermagem atuam.

 

Municípios com índice de infestação igual ou superior a 1%

Município

Índice de infestação

 
 

Guarujá

2,9 %

 

Araçatuba

2,3 %

 

Bauru

2,0 %

 

Tupã

1,8 %

 

Jandira

1,8 %

 

Ribeirão Preto

1,6 %

 

Catanduva

1,4 %

 

Leme

1,4 %

 

Marília

1,4 %

 

Barretos

1,4 %

 

São Sebastião

1,3 %

 

Assis

1,2 %

 

Presidente Prudente

1,2 %

 



Casos de dengue no Estado de SP

Região de Saúde

Janeiro a Outubro

2011

2012

Capital e Grande SP

8.182

2.186

Araçatuba

785

1.363

Araraquara

4.191

1.048

Baixada Santista

663

1.086

Barretos

1.580

796

Bauru

5.441

348

Campinas

7.966

1.246

Franca

3.795

235

Marília

1.764

58

Piracicaba

6.090

3.649

Presidente Prudente

866

439

Vale do Ribeira

812

20

Ribeirão Preto

24.460

1.169

São João da Boa Vista

2.281

124

São José do Rio Preto

3.604

612

Sorocaba

2.923

157

Vale do Paraíba e Litoral Norte

14.377

6.526

Total

89.781

21.062

Publicado por Assessoria de Imprensa em

Comunicar Erro




Enviar por E-mail






Colabore


Obrigado