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90% das adolescentes entre 10 e 14 anos já usaram pulseiras do sexo

Estudo inédito realizado pela Secretaria de Estado da Saúde na Casa do Adolescente de Heliópolis aponta que 90% das adolescentes entre 10 e 14 anos já usaram as chamadas "pulseirinhas do sexo". Entre os meninos nessa faixa etária, 54,8% já usaram.

Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, 38% das meninas e apenas 8,5% dos meninos disseram que usam ou já usaram as pulseiras. Já entre os jovens de 20 a 24 anos ninguém usou entre os meninos e somente 1% das meninas já usaram o objeto.

A pesquisa ouviu 174 adolescentes e jovens entre 10 e 24 anos de idade entre os meses de abril e maio deste ano. Desse total, apenas 5,7% nunca tinham ouvido falar das pulseiras, e 54,2% disseram já as terem usado pelo menos uma vez.

Entretanto, 89% dos que já utilizaram as pulseiras informaram que deixaram de usá-las, geralmente após saber o significado ou em razão das confusões e equívocos em torno das pulseiras.

Embora a maioria já tenha usado as pulseiras, 61,6% dos adolescentes entrevistados informaram não saber o significado das cores, e 37,8% disseram conhecer apenas o significado de algumas delas. Entre as pessoas ouvidas na pesquisa, a maioria, 71,3%, acredita que o uso das pulseiras seja perigoso, mas 51,2% não concordam que existam pessoas que interpretem as pulseiras de forma maliciosa.

O estudo revelou, ainda, que 84% dos entrevistados conhecem amigos e amigas que usam ou já usaram as pulseiras. Sete dos 174 entrevistados conhecem quem sofreu violência por ter usado a pulseira, incluindo uma morte.

Para Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente da Secretaria, o fato de muitos adolescentes estarem usando as pulseiras é fruto direto das experimentações nesta fase da vida, além da necessidade de auto-afirmação e de ser aceito no grupo. Ela alerta, no entanto, que esta moda pode representar uma nova "ditadura do sexo", que codifica a mulher e fortalece o homem.

"Na esfera pública, o caminho novamente passa pelo aprofundamento de políticas, nas áreas de educação, assistência social e saúde, que dêem poder de voz às adolescentes e que trabalhem as inseguranças, emoções e medos", afirma Albertina.
Publicado por Assessoria de Imprensa em

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