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75% dos paulistas têm ao menos 3 fatores de risco cardiovascular

A análise dos dados do primeiro Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular, promovido pela Secretaria da Saúde e pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, revelou que 75% dos paulistas possuem pelo menos 3 fatores de risco cardiovascular. A pesquisa revelou também que 33,7% da população tem alto risco de desenvolver doenças cardiovasculares. O estudo, feito com base nas quase 100 mil pessoas que participaram do Mutirão do Coração, é o mais amplo sobre o tema já feito no país.

O mutirão foi realizado nas cidades de São Paulo e Campinas e teve a participação de 97.502 pessoas. 75% das pessoas apresentaram 3 ou mais fatores de risco  cardiovascular, como obesidade, má alimentação e sedentarismo. De acordo com a pesquisa feita, 26,7% da população tem risco moderado para desenvolver essas doenças e apenas 39,5% tem risco baixo para isso.

O estudo mostra que a situação entre os homens é ainda mais preocupante, já que 42,84% têm alto risco, 23,92% risco moderado e 33,24% baixo risco. Entre as mulheres, 29,11% apresentam alto risco, 28,23% risco moderado e 42,66% baixo risco. O mutirão atendeu 64.587 mulheres e 32.915 homens.

O coordenador do Mutirão e diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SOCESP, Álvaro Avezum, explica que os números surpreenderam e é preciso que haja uma conscientização da população para reverter as estatísticas que colocam o Brasil como um dos países com as maiores incidências de doenças cardiovasculares. "É necessário mudar hábitos de vida, realizar exames com regularidade e aderir ao tratamento, para quem se enquadra nessa situação", afirma.

O I Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular de São Paulo foi realizado em junho e julho de 2009 com quase 100 mil pessoas que passaram pelas UBS, hospitais e postos de saúde de São Paulo e Campinas.  O objetivo foi detectar e identificar os pacientes que tinham risco cardiovascular e desconheciam os fatores que poderiam levar a um infarto ou derrame - AVC (acidente vascular cerebral).

"Nenhum estudo mundial sobre doenças cardiovasculares foi feito com base em um universo tão grande", conta o ex-presidente da SOCESP, Ari Timerman, que juntamente com o coordenador Álvaro Avezum, pretende apresentar o trabalho em congressos de cardiologia nos Estados Unidos e na Europa. Em 2010 a ideia é ampliar o Mutirão do Coração para 1 milhão de pessoas.
Publicado por Assessoria de Imprensa em

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