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'Time-out' garante erro zero em cirurgias no Instituto do Câncer

- Bom dia, tudo bem? Sou a enfermeira Renata. Qual seu nome?

- Mariana.

- Mariana, você sabe onde vai ser operada?

- Sim, no ovário esquerdo.

Parece um diálogo casual, mas ele é travado 15 vezes ao dia no Instituto do Câncer do Estado do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (ICESP) - Organização Social de Saúde. A conversa faz parte do procedimento de Time-Out, um recurso para garantir a realização de cirurgias sem erros médicos.

O Time-Out é parte de um protocolo internacional de medidas pré-cirúrgicas para garantir a segurança do paciente e da equipe médica, como conferir nome e data de nascimento do paciente e marcar o lado do órgão que deverá ser operado. "Time-Out é uma parada, um tempo de espera em que o processo cirúrgico é confirmado", explica a enfermeira coordenadora do Centro Cirúrgico, Regiane Vendramini.

O Centro Cirúrgico do Instituto do Câncer, inaugurado em novembro do ano passado, é o único em todo o mundo a iniciar suas atividades já com essas medidas. É, também, o único no Brasil em que o procedimento é realizado com a participação do paciente ainda consciente. "Se um hospital quer ter acreditações nacionais e internacionais, a segurança do paciente é parte fundamental para isso", salienta o enfermeiro João Francisco Possari, Diretor de Enfermagem de Pacientes Internos do ICESP.

Antes da cirurgia o paciente é recepcionado no Centro Cirúrgico e encaminhado à sala de admissão, onde será realizada a checagem dos documentos. Em seguida, o médico cirurgião realiza a marcação do lado a ser operado. Quem não estiver marcado não entra na sala de cirurgia. Para reforçar, uma grande placa amarela indicando o lado correto fica em evidência durante todo o processo cirúrgico. Se a cor da placa for vermelha, um alerta para a equipe: o paciente tem algum tipo de alergia. Na sequência, são registrados no prontuário eletrônico todos os procedimentos a serem realizados.

Dentro da sala cirúrgica, o enfermeiro inicia em voz alta o Time-Out, conferindo um check-list com tudo o que precisa ser confirmado. Ao final da checagem, enfermeiro, cirurgião e anestesista assinam um papel confirmando que tudo está preparado corretamente. Essa é uma prova por escrito do comprometimento de toda a equipe, que deve estar entrosada e concentrada durante o processo cirúrgico. Só então o paciente pode ser anestesiado. "O objetivo de tudo isso é cumprir os sete certos: paciente, operação, local, antibiótico, equipamentos, documentação e posicionamento corretos", conclui Wilson Pollara, Coordenador-Chefe do Centro Cirúrgico do ICESP. Até hoje já foram realizadas mais de 1.400 cirurgias sem nenhuma ocorrência de erro ou evento adverso.

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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