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Saúde interdita última indústria a utilizar amianto no Estado

Em uma operação para pôr fim definitivo à utilização de amianto na linha de produção das fábricas no Estado de São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde interditou ontem, em Leme, a última indústria do rol daquelas que não se adequaram à legislação que proíbe a utilização do amianto. O uso deste tipo de matéria-prima está proibido em todo o Estado em respeito à Lei 12.684, em vigor desde 2008.

Há cerca de um ano, o Centro de Vigilância Sanitária, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego e os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador regionais, realizam inspeções rotineiras em 17 empresas espalhadas pelo Estado que utilizavam a substância. As inspeções previam orientações, autuações e prazo para adequação.

Da totalidade, apenas duas indústrias que trabalham com a fabricação de telhas não cumpriram a determinação imposta pela legislação. Uma delas em Hortolândia, interditada na semana passada, e uma localizada em Leme, cuja fabricação foi interrompida ontem.

Com esta última vistoria a Vigilância Sanitária conclui a fiscalização no setor de fibras e cimentos e coloca um ponto final na utilização do amianto nas linhas de produção.

Segundo a diretora da Divisão de Saúde do Trabalho da Vigilância Sanitária, Simone Alves dos Santos, o trabalho foi realizado em quatro diferentes etapas: cobrar a substituição da matéria-prima; a eliminação dos resíduos e dos maquinários; o descarte de resíduos perigosos em aterros específicos e a listagem completa dos trabalhadores expostos à substância, estando eles na ativa ou não.

O que é amianto?

Amianto é uma fibra natural, de origem mineral, presente na indústria de transformação, no consumo, na produção de telhas e caixas d'água, tubos d'água e vasos, na indústria têxtil de amianto, na produção de papéis e papelões, entre outros. A substância é classificada como carcinogênico para humanos em qualquer estágio de produção, transformação e uso pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre as doenças relacionadas ao amianto estão a asbestose (doença crônica pulmonar de origem ocupacional), cânceres de pulmão e do trato gastrointestinal e o mesotelioma. Estes agravos têm um período de latência em torno de 30 anos, manifestando-se em geral quando os trabalhadores já estão fora das empresas ou do mercado de trabalho. São doenças progressivas, irreversíveis, de difícil tratamento e, na maioria das vezes, levam ao óbito.

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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