Secretaria de Estado da Saúde

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Incor cria Rede do Pulmão para ampliar transplantes

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Incor, irá implantar uma rede pelo interior paulista para ampliar a captação de pulmões a serem transplantados. A cirurgia, de alta complexidade, é realizada com regularidade apenas em São Paulo e Porto Alegre. Em 2008, foram realizados em São Paulo 23 transplantes de pulmão. Com a rede de captação, São Paulo espera ampliar em pelo menos 20% o total de cirurgias realizadas por ano.

A criação da rede passa por um processo de capacitação de profissionais de 14 cidades do Estado, entre elas Campinas, Piracicaba, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. Esses profissionais, que participam hoje, 17 de novembro, de curso prático no Incor, estarão aptos a avaliar as condições dos órgãos para doação, agilizando e otimizando o processo de triagem. 

Um dos fatores que limitam o número de cirurgias é a dificuldade de se obter o órgão em boas condições para que o transplante seja feito. Estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde em 2006 revelou que, naquele ano, apenas 5% dos doadores foram aceitos, representando 28 pulmões. Os motivos para essa taxa de aproveitamento foram alteração gasométrica (baixa oxigenação), com 30%, infecção, com 24% e a distância para o receptor, com 11%.

Com a rede espalhada pelo interior, o processo de captação será mais ágil, com uma triagem realizada por profissionais aptos a identificar quais potenciais doadores possuem condições para que o pulmão possa de fato ser aproveitado em uma cirurgia de transplante.

"O nosso foco é melhorar a triagem para melhorar a captação para o transplante, eliminando um gargalo do processo. A preservação e a avaliação do pulmão para o transplante é um processo muito delicado. Com mais profissionais capacitados, descentralizamos o processo, sem perder o rigor necessário", afirma o professor doutor Paulo Pêgo Fernandes, do Incor, coordenador da Rede do Pulmão.

Transplantes

A rede de captação no interior é mais um importante passo que a Secretaria de Estado da Saúde dá no sentido de ampliar os transplantes de órgãos no Estado. Com o projeto "Doar São Paulo", que criou a figura do coordenador intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos, a pasta já conseguiu triplicar o número de doadores viáveis (que tiveram pelo menos um órgão aproveitado) este ano nos 31 hospitais estaduais participantes.

De maio (quando o projeto foi iniciado) até agosto deste ano essas unidades conseguiram, juntas, um total de 60 doadores, 186% a mais que as 21 doações viabilizadas pelos mesmos hospitais no mesmo período de 2008.

Os coordenadores internos têm como principal objetivo identificar potenciais doadores e acompanhar o processo de realização de exames para viabilizar a doação. Eles realizam visitas diárias a setores como UTIs, terapias semi-intensivas, recuperação pós-anestésica e pronto-socorro para verificar a existência de pacientes com suspeita de morte encefálica, conversam com os chefes de equipe e auxiliam na abertura de protocolos para a comprovação da morte encefálica.

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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