Com lei seca, hospitais estaduais de SP economizam R$ 17 milhões
Balanço da Secretaria de Estado da Saúde aponta que os
hospitais estaduais da capital e Grande São Paulo economizaram R$ 17
milhões em um ano de vigência da Lei Seca, que pune rigorosamente quem
dirige após consumir bebidas alcoólicas. Com esse dinheiro é possível
garantir a distribuição de medicamentos básicos do programa Dose Certa
por um ano e meio na cidade de São Paulo.
De 19 de junho de 2008,
quando a nova legislação entrou em vigor, a 15 de junho deste ano foram
registrados 75.175 atendimentos a vítimas de colisões automobilísticas,
quedas de moto e atropelamentos em 30 hospitais estaduais da capital e
Grande São Paulo.
O número representa 17.566 atendimentos a
menos que os 92.741 registrados no período de 19 de junho de 2007 a 15
de junho de 2008. A redução foi de 18,9% e representa 48 vítimas a menos
por dia nos hospitais da Secretaria. Ou seja, dois atendimentos a menos
por hora, em média, a vítimas de acidentes.
O cálculo da
economia leva em conta a diferença de 17,5 mil acidentados a menos entre
os dados deste ano e de 2007 a média de 20% de vítimas graves, que
custam em média R$ 3.000, e 80% de vítimas leves, que não precisam de
internação prolongada e custam, em média, R$ 500.
"Embora a lei
seca tenha tido menor visibilidade nos veículos de comunicação nos
últimos meses, a fiscalização continuou e as pessoas, de modo geral,
continuam respeitando as novas regras. Os paulistas estão percebendo que
não faz o menor sentido dirigir após tomar bebidas alcoólicas, e que a
mudança de hábitos é perfeitamente possível", afirma o secretário de
Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.