Procura por tratamento contra crack e cocaína dispara nas classes A e B
Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde
revela uma mudança significativa no perfil dos usuários de crack e
cocaína que procuram o sistema público de saúde para tratar do vício. De
2006 para 2008, foi registrado um aumento de 139,5% no número de
usuários que possuem renda acima de 20 salários mínimos querendo largar o
vício, passando de 152 atendimentos em 2006 para 388 no ano passado.
Em
2006, 1.538 pessoas procuraram os serviços para abandonar a cocaína e o
crack. Elas tinham idade média de 30 anos e as classes A e B não
passavam de 12% dos atendimentos.
Já em 2008, o número geral de
pacientes aumentou em 71% _ saltando para 2.638. A idade média caiu para
29 anos e houve um aumento de 139,5% no número de pacientes que possuem
renda acima de 20 salários mínimos, saindo de 152 atendimentos em 2006
para 388 em 2008. Com isso, eles passaram a representar 15% dos
atendimentos. Os homens ainda são a maioria dos pacientes, representando
76,54% do total.
"Os números comprovam a tendência que vemos
nos consultórios, os jovens estão cada dia se drogando mais e as
famílias não conseguem encontrar um caminho para evitar o problema",
afirma a diretora do Centro de Referência de Álcool Tabaco e Outras
Drogas, Luizemir Lago.