SP ganha primeira clínica pública para jovens dependentes de álcool e drogas
O Estado de São Paulo ganhou em 27 de janeiro, a
primeira clínica pública de internação para adolescentes dependentes de
álcool e drogas. Sediada em Cotia, na Grande São Paulo, a unidade é uma
parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Hospital Samaritano. A
inauguração contou com a presença do governador José Serra e do
Secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Batizada
de Projeto Jovem Samaritano, a clínica irá oferecer 30 leitos de
internação e terá capacidade de atender anualmente cerca de 120
adolescentes entre 14 e 18 anos de idade. O investimento para a
implantação da unidade foi de cerca de R$ 1 milhão. A manutenção do
serviço foi orçada em cerca de R$ 1,7 milhão por ano.
Com uma
área física de cerca de quatro mil metros quadrados, a unidade vai
contar também com uma ampla sala de convivência para os adolescentes,
sala de aula com computadores, quadra poliesportiva, horta para aulas de
jardinagem, refeitório e ambulatório.
O tempo médio de
permanência dos jovens será de um a três meses. Durante esse período, os
pacientes vão contar com a participação da família em algumas
atividades, o que será importante para o sucesso da recuperação. As
atividades físicas, educacionais e orientação vocacional também fazem
parte do processo de tratamento.
O modelo da nova unidade foi
baseado na Clínica Chestnut, em Illinois, nos Estados Unidos. A técnica
americana incorpora a participação da família no tratamento, além das
demais atividades oferecidas. Nos EUA a recuperação supera os 70%.
O
encaminhamento dos jovens será feito por meio das Secretarias de Saúde
dos municípios, Ministério Público, Poder Judiciário, além dos conselhos
tutelares. Não serão admitidos na clínica adolescentes infratores.
"É
um novo modelo de tratar esses pacientes, que antes tinham como opção
apenas o atendimento ambulatorial nos Caps (Centros de Atenção
Psicossocial) ou internações curtas em hospitais gerais, para
desintoxicação. A participação dos familiares, aliado com as demais
técnicas ao longo do tratamento, é fundamental para a recuperação dos
jovens", afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas
Barata.