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Feridas tiram idosos da ativa e limitam convívio social

Portadores de diabetes, de hipertensão arterial, problemas circulatórios e obesidade são alguns exemplos de pacientes que comumente desenvolvem as popularmente conhecidas feridas, as úlceras varicosas, causadas principalmente pela má circulação sanguínea. Com o passar dos anos, se não forem cuidadas adequadamente, tais feridas se tornam um problema crônico na vida de muitos idosos.

Má alimentação, falta de atividade física e soluções caseiras para aliviar as dores agravam o problema e comprometem a qualidade de vida de homens e mulheres da terceira idade. Há casos de pessoas que convivem com extensas e profundas  feridas por cerca de 20 ou 30 anos.

Preocupada em melhorar a qualidade de vida dos idosos que sofrem com as úlceras varicosas a Secretaria de Estado da Saúde criou, no Centro de Referência do Idoso (CRI) da Zona Norte, o Ambulatório de Feridas. O local oferece tratamento clínico, orientação nutricional e clínica para os idosos portadores da enfermidade.  A equipe multidisciplinar também trata dos ferimentos e ensina aos idosos e seus familiares a forma adequada de fazer os curativos. Os atendimentos são diários.

Cerca de 98% dos 4.500 atendimentos realizados pelo Ambulatório de Feridas do CRI no ano passado foram de portadores de feridas nos membros inferiores (pernas e pés). Desse total, 65% deles convive com o problema por, no mínimo, 10 anos.

De acordo com a enfermeira Denise Schuller, coordenadora do serviço do CRI Norte, as feridas se tornam crônicas por uma série de fatores como má alimentação, assepsia inadequada, uso de ervas, pomadas contra-indicadas e receitas caseiras, por exemplo.

"As feridas são antigas, de difícil cicatrização e doloridas, o que causa muitos problemas aos idosos. E os prejuízos não são apenas clínicos. Como ele passa a viver em função das feridas, se habitua com elas e sente vergonha de conviver com as pessoas, não caminha e pode desenvolver um quadro de depressão", afirma.

Durante o acompanhamento o idoso aprende que é necessário mudar os hábitos alimentares, ingerir água, caminhar e usar meias elásticas. "No processo de tratamento a participação familiar é fundamental, pois muitas vezes a família desconhece o problema ou tem medo de cuidar do paciente", afirma Schüller.

O Cri da Zona Norte fica na Avenida Voluntários da Pátria, 4.301 - Mandaqui - São Paulo/SP

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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