Coordenadoria de Recursos Humanos

A A A Tamanho do texto

Projeto Moçambique: Conclusão do início da implementação do Plano de Trabalho

17 de fevereiro de 2023

 

A Equipe de Gestores de Moçambique encerrou hoje (17/02) a etapa de início da implementação do Plano de Trabalho da Cooperação Técnica Trilateral entre Brasil, Japão e Moçambique.

 

 

Foram três semanas de formação, divididas entre o Centro de Formação de Recursos Humanos para o Sistema Único de Saúde - SUS/SP "Doutor Antonio Guilherme de Souza, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde – CROSS, que também incluiu visitas ao Hospital Japonês Santa Cruz, Hospital Nipo Brasileiro e ao Hospital da Aeronáutica.

 

O objetivo deste projeto, que é uma iniciativa implementada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação – ABC e pela Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA, é fortalecer as capacidades em Gestão Hospitalar em Moçambique.

 

Para a Diretora de Enfermagem do Hospital Central de Maputo-HCM Matilde Mabui, o projeto coincide com os objetivos do HCM, que é referência nacional. “Há uma necessidade de todas as áreas do hospital estarem sincronizadas - trabalho em equipe. E aqui, com esta equipe, aprendi a ter uma visão sistêmica. A aprendizagem que levo poderei partilhar com todas as áreas, em especial com a minha equipe de enfermagem, para o avanço da qualidade", afirma Matilde.

 

O Psicólogo Clínico Nelício Mário, Chefe do Departamento de Gestão de Qualidade e Humanização do Hospital Central de Quelimane, trouxe a importância da aplicabilidade do Modelo de Excelência de Gestão do Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar – CQH: “O que me fez ter uma boa impressão desse programa é que eu fui a uma instituição que aplica o programa na realidade e nos mostra como ele está sendo sistematizado o serviço”. Nelício também afirma que é muito importante entender as características da sociedade de Moçambique para atender às suas reais necessidades: “Nós já temos uma missão e vamos trabalhar com evidências”.

 

Segundo o Dr. Helder Lopes, médico do HCM e responsável por formar profissionais e assegurar a qualidade assistencial, o que mais o chamou a atenção neste projeto foi a Organização. “Primeiramente temos que saber quem o faz o que, quando faz e como faz, e o que vai acontecer se não fizermos. Através destas ferramentas que aprendemos aqui, vamos saber como organizar e motivar uma equipe de trabalho, como melhorar a comunicação, e como fazer com que cada um daquela equipe de trabalho sinta como se fosse parte do problema e da solução”.

 

Para Emerson Eduardo Guilande, chefe do Departamento de Planificação do Hospital Central de Maputo, o projeto traz o aprimoramento dos conceitos já existentes em Moçambique. “Algumas coisas fazíamos, posso dizer empiricamente. Mas agora com esse conhecimento consolidado que nós tivemos aqui, vamos estruturar melhor aquilo que é nossa realidade. Embora chegando lá encontraremos algumas resistências, mas há sempre forma de ultrapassar. Temos esperança com esse projeto; a equipe toda está entusiasmada, com fé que a coisa vai dar certo.”

 

Maria Emília Conde, Médica Anestesista e reanimadora do Hopital Central de Maputo, falou sobre a importância da formação no que diz respeito ao cuidado. “O que mais me chamou a atenção foi a gestão participativa, em que a gente não pensa só no eu, mas em todos nós”, ressalta. Quanto a relevância do projeto em sua área de atuação, ela considera que será de grande valia: “uma das coisas que aprendi aqui é que tudo o que a gente faz deve ser anotado e isso registrado, e posto à disposição de todos - Gestão à vista. Aquilo que se produz no serviço, no departamento, na área clínica ou na direção clínica deve estar disponível, para todos nós nos apropriarmos desse resultado”.

 

Edite Estrela, Chefe do Departamento Central de Humanização dos Cuidados em Saúde do Ministério da Saúde de Moçambique, disse que a intenção é futuramente expandir este projeto para os hospitais provinciais do país. Para ela, o primeiro passo a partir de agora é formar uma comissão de trabalho com todos os profissionais que participaram da capacitação. “Nós temos que começar a fazer de tudo para que os nossos colaboradores também se apropriem deste projeto. O meu grande sonho é que realmente nós consigamos formar uma equipe forte, de forma que os nossos colaboradores possam ser sempre eles a terem as melhores ideias para chegarem aonde nós queremos que eles cheguem”, conclui.

 

Clique aqui para ver todas as fotos. 

Comunicar Erro




Enviar por E-mail






Colabore


Obrigado