Incomodos e Peçonhentos
Desde a formação das cidades há a convivência do homem com animais domésticos ou não domesticados, sendo que o primeiro depende dos cuidados do homem e os outros apresentam vida livre no ecossistema urbano. Esses animais podem trazer incômodo, danos à nossa saúde, ou ainda, prejuízos econômicos.
As doenças transmitidas por animais domésticos podem ser facilmente prevenidas quando seu proprietário mantém boas condições de higiene do local e do animal, com a carteira de vacinação atualizada e consulta periódica ao veterinário.
Os animais que não são domesticados e vivem próximos ao homem, independente de sua vontade, são chamados de animais sinantrópicos. Estas espécies se beneficiam dessa interação, de maneira a favorecer extremamente seu desenvolvimento, constituindo em pragas urbanas. Estes animais diferem conforme sua participação na cadeia de transmissão de agentes etiológicos, como: vetores mecânicos ou vetores biológicos.
Os vetores mecânicos participam do ciclo de transmissão transportando o patógeno de um meio contaminado para alimentos, objetos ou diretamente aos indivíduos através do contato com mucosas. Enquanto os vetores biológicos o patógeno se desenvolve no organismo do vetor e é transmitido quando da picada ou da liberação de secreções pelo animal.
Além da importância dos animais sinantrópicos no processo saúde-doença de algumas enfermidades pode apresentar elevado nível de incomodo ou propiciar danos econômicos.
O principal método de controle consiste na adoção de medidas preventivas que visem instalação de barreiras físicas de acesso, eliminação de abrigos, armazenamento adequado de alimentos e higienização de ambientes.
Quando a espécie praga encontra-se estabelecida no local há a necessidade da eliminação da infestação existente, através da associação das medidas de controle preventivo com a aplicação de praguicida específico para cada população-alvo que se deseja controlar.
Em relação aos animais peçonhentos, aqueles que apresentam uma organela capaz de liberar substância tóxica ao homem, não são considerados sinantrópicos ou mesmo uma praga, pois sua interação com o homem acontece acidentalmente, quando um indivíduo adentra seu habitat natural (jardins ou áreas de mata).