Coordenadoria de Controle de Doenças

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09/03/2022 – Artigo: Alzira, Bia, Carlota, Célia, Celina, Chieko, Jacinda, Lia, Luiza, Patrícia, Priscila e Regiane

 

Mulher com celular ao ouvidoDescrição gerada automaticamente com confiança média

 

Há 90 anos, em fevereiro de 1932, as mulheres passaram a ter o direito de votar e serem eleitas. Getúlio Vargas não havia assumido pelo sufrágio, mas o código eleitoral no Governo Provisório foi feito para deixar mais transparentes as eleições. 

 

O anacronismo com relação à participação feminina não estava resolvido. O voto obrigatório, igualitário, só foi adotado em 46 – vários estágios exemplificam o quanto a visão machista foi prejudicial. Na Nova Zelândia, da primeira-ministra Jacinda Arden, o voto feminino foi decidido em 1893.

 

Passados 90 anos, mulheres são 53% da população, porém dirigem apenas 11% dos municípios brasileiros. Na Câmara dos Deputados, ocupam 15% das cadeiras: 77 representantes. No Senado, 12 das 81 vagas (14%).

 

O estudo Atenea, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), resume: “Quando se analisa o caso brasileiro comparativamente aos demais países, em termos de dados gerais de paridade, o que mais sobressai é a condição precária da participação política formal das mulheres. Nas demais dimensões houve avanços, mas é na política que a paridade está mais distante”.

 

As mulheres tiveram que chutar a porta para entrar na política. São do Rio Grande do Norte os exemplos inaugurais: em novembro de 1927, Celina Guimarães Vianna, em Mossoró, foi a primeira eleitora. No ano seguinte, deu no The New York Times: aos 32 anos, Alzira Soriano, a primeira no comando de um município na América do Sul, em Lajes. Eleitora e eleita graças à legislação potiguar, antes que o voto feminino fosse permitido no Brasil. Pós código eleitoral de 32, a médica paulista Carlota Pereira de Queiroz foi eleita para a Assembleia Nacional Constituinte.

 

No governo de São Paulo as mulheres ocupam mais de 60% dos cargos de chefia. Lideram áreas estratégicas: Bia Doria é a presidente do Conselho do Fundo Social, Célia Parnes, no Desenvolvimento Social, função sensível na pandemia, Patricia Ellen na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, fundamental para os bons resultados, a deputada Célia Leão na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Lia Porto Corona, na Procuradoria Geral do Estado, órgão técnico ligado com gabinete do governador, Patrícia Iglesias é presidente da Cetesb, Priscila Ungaretti, chefe de gabinete na Secretaria de Logística e Transportes, e a biomédica Regiane Cardoso de Paula (foto), coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI) e da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), uma das responsáveis pela liderança de SP na vacinação contra COVID-19, são alguns exemplos.

 

Duas mulheres estão no Conselho de Gestão da Secretaria de Turismo e Viagens: Chieko Aoki e Luiza Trajano. A primeira, fundadora e CEO da rede Blue Tree de hotéis, nasceu no Japão, veio para o Brasil aos seis anos. Referência em hospitalidade e qualidade no atendimento. Luiza Trajano é o grande nome do varejo nacional, além de liderança inconteste na defesa da participação feminina na política. Nasceu em Franca, interior paulista, assumiu a Magazine Luiza em 1992, a modernizando e transformando em ícone do varejo.

 

No Dia Internacional da Mulher, o respeito, a admiração e o agradecimento a todas, na política ou fora, que tentam fazer um Brasil melhor.

 

Vinicius Lummertz, secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo

Artigo publicado no jornal Correio da Manhã do Rio de Janeiro e no portal Imagem da Ilha de Santa Catarina, em 08 de março de 2022. 

 

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