Laboratório de Entomologia Aplicada
No Serviço Regional 11 da Sucen em Marília, existe desde 1988, um Núcleo de Pesquisa Operacional que conta com um laboratório de segurança para criação de mosquitos Aedes aegypti.Tanto formas imaturas como adultos deste mosquito são utilizados em estudos e testes com o objetivo subsidiar e avaliar estratégias de controle.
Principais Atividades
Atividades relacionadas ao laboratório de criação de Aedes aegypti
Funciona como suporte para o Estado de São Paulo e para o Ministério da Saúde nas questões de:
° Avaliação de produtos;
° Avaliação de equipamentos;
° Fornecimento de insetos para estudos;
° Monitoramento de resistência a inseticidas.
Para realização destas atividades, o laboratório mantém populações de diferentes procedências, além das cepas de referência internacional para estudos de suscetibilidade. Sob a orientação técnica do Centers of Disease Control (CDC) implantou provas de monitoramento.
Oferece cursos de entomologia e técnicas de monitoramento de eficácia do controle químico.
Os membros deste núcleo participaram da elaboração de um programa estadual de monitoramento da resistência aos inseticidas vigente no Estado desde 1996 e também da elaboração do Programa Nacional vigente desde 1999, sendo considerado laboratório de referencia para o Ministério da Saúde.
Na questão do monitoramento da susceptibilidade é também o único laboratório no país a executar programaticamente, avaliações anuais das populações de Aedes aegypti de regiões representativas do Estado. Tal avaliação permite definir quais produtos devem ser utilizados, adotar medidas de controle integrado visando garantir a efetividade do uso racional de controle químico.
Atividades relacionadas á pesquisa entomológica em campo
Nas atividades de campo é referencia para o Estado nas questões de metodologia para avaliação de fatores entomológicos de risco de transmissão de dengue estando envolvido tanto em estudos como propiciado treinamento para profissionais de saúde nesta área.
Também promove treinamentos sobre avaliação da eficácia de aplicações de inseticidas, tendo capacitado desde 2000 técnicos de todos os Sérvios Regionais da Sucen, e equipes municipais de 9 Estados.
Participou, através de projeto financiado pela Fapesp, da capacitação da equipe técnica do Centro de Controle de doenças em SP visando a implantação no município de São Paulo, das técnicas de monitoramento da susceptibilidade e técnicas de avaliação do controle químico do mosquito Culex do Rio Pinheiros, agravo importante naquela cidade considerando tanto o incomodo causado como o potencial risco de introdução da Febre do Nilo Ocidental.
Equipe
Biólogos
° Edilene Patrícia Dias de Menezes
° Karen Cristina Galvani
° Maria Teresa Macoris Andrighetti
Equipe de Apoio
Equipes de campo com capacitação para capturas entomológicas e avaliação de efetividade de controle químico: 2 equipes, total de 14 pessoas.
Equipe de Laboratório
Responsáveis pela manutenção das colônias de Aedes aegypti em insetário, realização de bioensaios para monitoramento de provas de susceptibilidade a inseticidas e provas de efetividade de controle químico em campo. Equipe composta de 10 pessoas entre auxiliares e técnicos de laboratório.
Contato
Nucleo de Avaliação: mailto:sr11pes@sucen.sp.gov.br
Recursos e Infra-estrutura
O núcleo conta com sede própria, estruturado em dois prédios independentes, dentro da mesma área. Em um prédio esta sediada a equipe técnica, equipe de campo e material de captura. No segundo prédio ficam os laboratórios, salas de testes e insetário. Os laboratórios são: Laboratório de entomologia onde é feita identificação taxonômica de vetores de todas endemias e Laboratório de provas bioquímicas equipado com leitor de Elisa. Também neste segundo laboratório é feita a manipulação de inseticidas com preparo de soluções e impregnação de material a ser utilizado no Programa de Monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticidas. A área de insetário é equipada segundo as normas de biosegurança com isolamento da área de criação, a qual consta de 3 salas com capacidade de colonização de 24 populações por ano. Acoplada a área de criação esta a sala de testes de modo que os insetos são manipulados em área restrita.
Imagens do núcleo e equipe
Fotos: Laboratório de entomologia.
Fotos: Núcleo do Bioensaio.
Fotos: Sala de criação - espécimes adultos.
Fotos: sala de criação - espécimes eclosados.
Fotos: Sala de criação - larvas.
Fotos: Sala de lavagem de material.
Fotos: sala de povas dioquímicas e manipulação de inseticidas.
Participação em Projetos
Estudos sob a coordenção da Organização Mundial de Saúde
Em 2000, participaram da realização de estudo colaborativa, para padronização das soluções utilizadas nos testes a nível mundial. Este estudo, sob Coordenação da Organização Mundial de Saúde foi realizado simultaneamente com os seguintes laboratórios:
° Laboratório do Núcleo de Pesquisa Sucen Marília;
° Centre Collaborateur OMS - Montpellier - France;
° Medical Entomology Unit - Faculty of Liberal Arts and Sciences - Kasetsart- Thailand;
° Caribbean Epidemiology Centre - Port Spain;
° Centre de Demoustication - Fort de France - Martinique.
Estudos subsidiados pela organização Panamericana de Saúde (1993 a 1997)
° Os estudos realizados no núcleo tem reconhecimento internacional, tendo a equipe recebido prêmio da American Society of Tropical Medicine and Hygiene , em 1996, por um trabalho realizado em parceria com a Universidade Johns Hopkins, de Baltimore, MD. USA.
° Em parceria com FNS sob o patrocínio da OPS uma avaliação de controle de Aedes aegypti através do uso de biolarvicida a base de Bacillus thuringiensis var. israelensis.
° Na celebração de Acordo de Cooperação Técnica entre a United States Department of Agriculture e o Ministério da Saúde, participam na avaliação do potencial uso do patógeno Edhazardia aedis para o controle biológico de Aedes aegypti.
° Estudo em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP) para caracterização genética das populações de Aedes aegypti.
Produção Bibliográfica
Artigos Publicados
° Surto de malária induzida entre usuários de drogas injetáveis . Luiz carlos Barradas Barata, Maria Teresa Macoris Andrighetti,Marina Ruiz de Matos. Revista de Saúde Pública, 27(1): 9-14, 1993.
° Modificação da Suscetibilidade de Aedes (Stegomyia) aegypti ao temephos. Maria de Lourdes da Graça Macoris, Marlene de Fátima Camargo, Ionizete Garcia da Silva, Luiz Takaku e Maria Teresa Macoris Andrighetti. Revista Pat. Tropical , 24(1): 31-40 Jan/Jun. 1995.
° Efeito Residual de Temephos em larvas de Aedes aegypti. Maria de Lourdes da Graça Macoris, Maria Teresa Macoris Andrighetti e Luiz Takaku. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 28(4): 375 - 377, Out/Dez. 1995.
° Disposable containers as larval habitats for Aedes aegypti in a city with regular refuse collection : A study in Marília, São Paulo State, Brazil Cássia A. Brambilla Mazine, Maria de Lourdes da Graça Macoris, Maria Teresa Macoris Andrighetti, Sueli Yasumaro, Maria Elena da Silva, Michael J. Nelson and Peter Winch. Acta Tropica 62 (1996) 1-13.
Newsleters as a channel for communication in a community-based Aedes aegypti control program in Marília , Brazil . Maria Teresa Macoris Andrighetti, Cássia A. Brambilla Mazine, Sueli Yasumaro, Maria de Lourdes G. Macoris, Valdeci Pereira da Costa and P. J. Winch. Journal of the American Mosquito Control Association 12 (4) : 732-735, 1996.
° Factors favoring houseplant container infestation with Aedes aegypti larvae in Marília, São Paulo, Brazil¿ Maria de Lourdes da G. Macoris, Cassia Aparecida Brambrila Mazine, Maria Teresa Macoris Andrighetti, Sueli Yasumaro, Maria Elena da Silva, Michael J. Nelson and Peter Winch. Pan American Journal of Public Health vol.1, 4 abril 1997.
° Community involvement in a Dengue Prevention Project in Marilia, São Paulo State, Brazil Sueli Yasumaro, Maria Elena da Silva, Cássia A. Brambilla Mazine, Maria Teresa Macoris Andrighetti, Maria de Lourdes G. Macoris and Peter Winch. Human Organization, vol. 57, Nº2, 209 - 214.
° Alteração de resposta de suscetibilidade de Aedes aegypti a inseticidas orgnofosforados em municípios do estado de São Paulo, SP, Brasil . Maria de Lourdes da Graça Macoris, Maria Teresa M. Andrighetti, Luiz Takaku, Carmen M. Glasser, Vanessa C. Garbeloto e Vanusa C.B. Cirino. Rev.,. Saúde Pública, 33 (5), 521-522, 1999 [download].
° Vector competence of Brazilian Aedes aegypti and Ae. albopictus for a Brazilian yellow fever virus isolate. Barbara W. Johnson, Trudy V. Chambers, Mary B. Crabtree, AnaM. B. Filipis, Paulo T. R. Vilarinhos, Marcelo C. Resende, Maria de Lourdes G. Macoris and Barry R. Miller. Trans. Royal Soc. Trop. Med Hyg. 96 611 ¿ 61, 2002.
° Analysis of genetic relatedness between populations of Aedes aegypti from different geographic regions of São Paulo State , Brazil . Veruska Marques dos Santos, Maria de Lourdes da Graça Macoris, Maria Teresa M. Andrighetti, Priscilla Elisangela Ávila e Karin Kirchgatter. Rev Inst Méd Trop S Paulo , 45 (2), 99-101, 2003.
° Resistance of Aedes aegypti from the state of São Paulo , Brazil to organophosphates insecticides. Maria de Lourdes da Graça Macoris, Maria Teresa M. Andrighetti Luiz Takaku, Carmen Moreno Glasser, Vanessa Camargo Garbeloto & José Eduardo Bracco. Mem Inst Osvaldo Cruz , 98(05): 703-708, July 2003 [download].
° Instruções para bioensaios para avaliação de aplicações espaciais de inseticidas. Rezende, MG; Gfalero, GC; Macoris, MLG; Andrighetti, MTM; Takaku, L. Epidemiologia e Serviços de Saúde; 3 (3): 189-194,2004.
° Standardization of bioassays for monitoring resistance to insecticides in Aedes aegypti.Maria de Lourdes da Graça Macoris, Maria Teresa Macoris Andrighetti, Karina de Cassia Rodrigues Nalon, Vanessa Camargo Garbeloto and Antonio Luiz Caldas Júnior. Dengue Bulletin vol 29: 1-7, 2005 [download].
° Paridade de Ochlerotatus scapularis em condições de laboratório e campo. Juliana Telles de Deus, Iná Kakitani. Rev. Saúde Pública; 40(3):505-512, 2006 [download].
° Captura de culicídeos em área urbana: avaliação do método das caixas de repouso . Eudina Agar Miranda de Freitas Barata; Francisco Chiaravalloti Neto; Margareth Regina Dibo; Maria de Lourdes G Macoris ,Angelita Anália C Barbosa; Delsio Natal; José Maria Soares Barata; Maria Teresa Macoris Andriguetti, . Rev. Saúde Pública v.41 n.3 São Paulo jun. 2007.
° Dinâmica da transmissão da Dengue com dados entomológicos temperatura-dependentes. Yang, HM, Macoris, MLG, Galvani, KC, Andrighetti, MTM. Tend. Mat. Apl. Comput. , 8 nº1, 159-168, 2007.
° Association of insecticide use and alteration on Aedes aegypti susceptibility status Macoris MLG, Andrighetti MTM, Otrera VCG, Carvalho LR, Caldas-Júnior AL, Brogdon WG. Mem Inst Oswaldo Cruz , Rio de Janeiro, Vol. 102(8): 895-900, December 2007 [download].
° Manual de Vigilância Entomológica de Aedes aegypti 1997 Secretaria de Estado da Saúde, Superintendência de Controle de Endemias.
° Scientific working group on dengue . Meeting report 3-5 April 2000 Geneva , Switzerland .. TDR/DEN/SWG/001 12 pp.
Laudos Emitidos
° Salinidade da água como fator limitante à oviposição em fêmeas de Aedes aegypti 1994.
° Avaliação de Produto : Agnique MMF (Monomolecular Film) , quanto ao efeito da presença do produto na água do criadouro no comportamento de oviposição de fêmeas de Aedes aegypti; e o efeito da presença do produto na água do criadouro na mortalidade de formas imaturas de Aedes aegypti.Laudo emitido para Henkel 1999.
° Relatório de avaliação do produto Agnique MMF em vasos de plantas, 2000.
° Relatório de teste de larvicida à base de Bacillus thuringiensis sorotipo H-14 2000.
° Resultados de Bioensaioscom Bti para FUNASA, 2000.
° Teste de aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV) com diferentes tempos de pausa diante das residências - Avaliação do impacto em cepas de Aedes aegypti de diferentes suscetibildade à Cipermetrina 2001 [download].